Pessoas
dominadoras, em uma relação, gostam da submissão e do poder que exercem sobre o
outro. Mais do que isso, o dominador tem prazer em ver o outro obedecendo. O
dominador, em muitos casos, cuida bem do outro, tornando-se um bom cuidador
(aquele que cuida na dor). Isso acaba sendo uma dificuldade a mais no
desenvolvimento das habilidades e do potencial da mulher. Faz parte do perfil
do dominador levar a mulher a crer que tudo o que ela precisa é de um “cuidador”,
afinal, o “cuidador” não lhe deixa faltar nada. Ele providencia todas as suas necessidades,
inclusive ensinando o que a mulher precisa saber. E assim o opressor da mulher
se torna seu cuidador, seu professor, seu pai, seu marido, tudo em um homem só. Mulher é intuitiva e aprende com a experiência, cada momento da vida a mulher intui o caminho. Existe uma máxima que diz que a mulher não reza no altar do outro, mulher reza no seu próprio altar. A violência contra a mulher tem sido tratada como se fosse somente uma
violência física que deu origem a lei Maria da Penha, embora a lei Maria da Penha
contemple também a violência psicológica. Uma das causas da violência física
está na necessidade de dominação do homem, e quando a mulher não se deixa
dominar, o dominador parte para ameaças e força bruta, chegando, em muitos
casos, a matá-la. Preferindo ver a mulher morta do que fora do seu domínio.
Aniquilar com o psicológico da mulher é uma das formas de fazê-la crer na sua
incapacidade em gerenciar sua vida a partir de suas habilidades, e fazê-la crer
na inexistência da potência feminina. Como se potência somente existisse no
homem. Com isso, a “potente criatura” se acha no direito de praticar crimes
contra a mulher, crimes de tortura, crimes contra a liberdade do indivíduo.
Usando sua potência para o crime, e não para andar lado à lado da potência da
mulher. Esquecendo-se de que a paz mundial começa dentro de casa.
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