segunda-feira, 5 de agosto de 2019

A NOVA CONFIGURAÇÃO FAMILIAR

Adriana C Mendes         


           A família sofreu muitas mudanças nos últimos tempos. A tradicional configuração, mãe pai e bebê, já não é mais tão tradicional assim, abrindo espaço a outras organizações como, por exemplo, as família monoparentais casais homossexuais, os agregamentos familiares, entre outros. Tendo em vista todas as mudanças da contemporaneidade, sem dúvida as questões colocadas pelas novas configurações familiares submetem alguns dos pressupostos psicanalíticos mais ortodoxos á  reflexão, nos trazendo a seguinte questão: Qual a influência das novas configurações familiares na internalização dos limites para sujeito?
           A partir dos ensinamentos psicanalíticos freudianos, sabe-se que a família é a estrutura responsável pela inserção da criança na cultura. Freud suas teorizações sobre  a internalização do limite para o sujeito ao formular o conceito referente ao Complexo de Édipo. Segundo ele, o complexo envolve investimentos eróticos e agressivos em relação ás figuras parentais e as persistências destas ligações estariam no centro das neuroses (FREUD,1905).
           É a partir do Édipo Freudiano que Lacan irá construir sua teoria e o conceito de função paterna. De acordo com esse autor, para que o desfecho do complexo seja favorável é necessário que o sujeito possa simbolizar a castração, a frustração e a  privação desempenhada pela metáfora paterna.
           O caráter central do Édipo é que, neste período, o sujeito se dá conta que está excluído de uma relação. Entretanto, nada indica que o caráter triangular deva ocorrer com duas pessoas de sexo diferente. Ao afirmar esta questão, podem-se analisar questões edípicas dentro das novas configurações familiares.
           A partir de um resgate sobre Édipo e a Lei da Castração surge a hipótese de que alguns comportamentos que a sociedade repudia ou que é classificado como falta de limite, pode estar endereçado ao que Lacan denomina de “O Grande Outro” é a busca pelo “Nome- do Pai”, pela Lei.
            O interesse em se pesquisar este assunto surgiu ao observar a frequência de reportagens nos noticiários referente aos jovens infratores em nossa sociedade. Pensando nisso questionou-se sobre o porquê destes jovens estarem apresentando  atos transgressivos cada vez mais violentos. Buscando respostas a estes e outros questionamentos, observou-se que além deste comportamento estar mais visível devido á facilidade da divulgação pela mídia dos acontecimentos, outra questão que aparece com frequência  se refere ás novas  configurações familiares.


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