Eliani Gracez - Psicanalista
Segundo
a organização mundial da saúde, o Brasil está entre os países com maior número
de feminicídios, assassinato de mulheres por questão de gênero, ou,
simplesmente por serem mulheres. Em 90% dos casos o feminicídio é cometido por
homens com quem a mulher mantinha laços afetivos, embora a isso não se possa
chamar de amor. O amor não machuca! Uma cultura da violência contra a mulher se
espalhou pelo país e cresce a paços largos. Sem falar das agreções veladas,
escondidas, onde a mulher é humilhada com objetivo de aniquilar com sua
autoestima, e com isso se tornar um ser sem vontade própria, sem força para
reagir. Por vivermos em uma sociedade hostil à mulher, enfrentamos uma luta
diária para manter o amor próprio. Uma luta vencida por quem conhece a si mesma
e sabe a sua importância no mundo, sendo isso valorizado pelo homem ou não. A
mulher detém o saber e o poder de quem aponta o caminho afetivo na aquisição de
competências sociais. O poder
da mulher está na aparência do seu corpo, na beleza e na sedução. O poder da
mulher está na alma feminina e na coragem da guerreira. Mulheres são criativas,
inteligentes e empreendedoras. Mulheres promovem mudanças com mais facilidade,
pois sabem seguir em frente, sabem ir adiante. Mulheres são focadas na solução
e não no problema, o número de mulheres que procuram fazer terapia é bem maior
do que o número de homens, elas procuram a solução para se livrarem do
problema. Mulheres são ousadas, ser mulher é um desafio diário! Mas, é preciso quebrar a cultura da violência contra a
mulher como se isso fosse algo natural. A cultura da violência contra a mulher
não pode ser mais tolerada. A hostilidade contra a mulher em todos os seus
aspectos seja física ou emocional, não pode mais ser tolerada. Ou o homem muda ou então ele acabará a margem
da sociedade.